Internet e processo de ensinoaprendizagem















Eu nunca ensino aos meus alunos. Somente tento criar condições nas quais eles possam aprender.
Albert Einstein

Todo material utilizado que foi fruto de pesquisa em fontes de informações tais como internet, livro, revistas, jornais, periódicos e entrevistas, dentre outras, deve apresentar a referência bibliográfica utilizada. Em outras palavras, em geral toda idéia tem um dono que deve ser lembrado quando reutilizada, sobretudo num momento em que as tecnologias para a propagação das informações são tantas e diversificadas como na atualidade.
Quanto ao ensino de história, tema desse debate, é importante utilizar todas as fontes de informações possíveis e diversificadas à disposição tanto dos mestres quanto dos alunos. A internet é uma ótima ferramenta de trabalho, e, por esse motivo, é um importante recurso pedagógico.
Segundo Ronaldo Garcia no artigo A utilização da informática como recurso pedagógico, é possível dizer que a tecnologia auxilia na educação, porém não podemos esquecer o papel do educador nesse processo. A televisão, a internet, o computador em si, trazem muitas coisas boas, mas também, por outro lado, informações inaproveitáveis e de difícil interpretação. O papel do educador surge neste aspecto como facilitador, mediador entre as informações e os alunos, sendo um auxílio para que eles cheguem até o conhecimento científico, ultrapassando o senso comum.

Como afirma Veiga:

É preciso evoluir para se progredir, e a aplicação da informática desenvolve os assuntos com metodologia alternativa, o que muitas vezes auxilia o processo de aprendizagem. O papel então dos professores não é apenas o de transmitir informações, é o de facilitador, mediador da construção do conhecimento. Então, o computador passa a ser o ‘aliado’ do professor na aprendizagem, propiciando transformações no ambiente de aprender e questionando as formas de ensinar ( 2001, p.2).

É notório que o acesso às mais variadas fontes de informações é o marco da sociedade atual. Assim, o papel do professor torna-se fundamental, pois poderá atuar como um filtro que possibilitará ao aluno utilizar o recurso internet, símbolo da modernidade, como mais um instrumento a favor de sua ampliação do conhecimento, do vocabulário e do senso crítico.

Diante desse quadro, segundo Garcia, é possível defendermos a utilização da informática como recurso pedagógico, tanto da internet, para a realização de pesquisas direcionadas pelo educador e para a comunicação por meio de e-mails, quanto no uso de softwares educacionais de diversos gêneros. Desta forma, não é desmérito algum fornecer ao aluno material selecionado em sítios da internet para que, utilizado em sala de aula com proposta pedagógica séria e focada, possa servir como momento importante no processo de ensinoaprendizagem da classe.
Para José Armando Valente (2002), pesquisador e escritor sobre novas tecnologias na educação citado no artigo escrito por Garcia (2008), os computadores estão propiciando uma verdadeira revolução no processo ensinoaprendizagem, devido à variedade de softwares para auxílio deste processo, assim como a sua utilização tem provocado vários questionamentos a respeito dos métodos de ensino utilizados. Estes questionamentos são evidentes e talvez já esperados. Segundo Valente (2002), afinal que professor não substituiria um método de aula expositiva, dominando a transmissão de conhecimentos e ensinando o que lhe parece importante, por uma aula atrativa, utilizando o computador, com a oportunidade de interagir com a máquina por meio de sites, softwares e jogos educacionais, ou de viajar pelo mundo pela internet, adquirindo conhecimento sem sair da sala de aula?
Utilizar a internet como uma fonte de pesquisa e de interação do aluno com a produção do conhecimento é fator distintivo de um profissional da educação que busca conectar a realidade da sala de aula à vivida por nossos alunos cotidianamente. Não é apenas transformar a internet numa fonte pronta de ideias e conceitos que são consumidos em sala de aula como enlatados. Mas, por outro lado, é momento fundamental para o aluno ampliar seus conhecimentos, interagir com fontes diversificadas e, fundamentalmente, perceber que a construção do conhecimento tem sempre um ponto de partida que pode muito bem ser um texto extraído de um sítio da internet.

Rodrigo Alberto Toledo
Doutorando em Sociologia com período sanduíche na Universidade de Salamanca, USAL, Instituto Iberoamerica e Centro de Estudos Brasileiros, tendo como objeto de pesquisa o processo de planejamento urbano da cidade de Araraquara e sua relação com a FAU-USP e processos participativos na formulação de políticas públicas urbanas. Tem Mestrado Acadêmico em Sociologia e Especialização em Gestão Pública e Gerência de Cidades (2001) pela UNESP-FCLAr-PPG. Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Sociais pela UNESP-FCLAr. Foi presidente da ONG Araraquara Viva e coordenou inúmeros projetos socioambientais que foram aprovados pelo Ministério da Cultura, Lei Rouanet. É bolsista do programa CAPES.

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