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Mostrando postagens de março, 2010

Sinfônica Orquestra

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A noite parecia perfeita, só faltava-nos um acontecimento para que ela se tornasse inesquecível. Toda a potencialidade humana, rigor, organização e sentimentos são colocados à prova numa apresentação de uma sinfônica. Segunda-feira, a praça abarrotada de gente disputando cadeiras insuficientemente. Um espetáculo que, diziam os organizadores, seria para o povo. Oportunidade nobre para entrar em contato com uma proposta interessante de difusão cultural. Mas também é um momento para que as vaidades humanas se mostrem. Logo de fronte ao palco, cadeiras aspaçadamente dispostas aguardavam ansiosamente as autoridades que não compareceram. Muitas cadeiras dispostas, vazias diante de olhos sedentos por cultura e por um assento. A beleza do espetáculo não foi ofuscada por essa discriminação social, por outro lado a separação entre o povo e as autoridades deixam transparecer as verdades mais significativas e obscuras de uma sociedade marcada pelo patriarcalismo, pelo corporativismo, pelo

O CASTIGO

Seleção dos exercícios de português, de conhecimentos gerais, pontos gramaticais e contos: Waldir Cury (Taquígrafo-revisor da ALERJ) Digitação: M.Thereza (Taquígrafa da ALERJ) Impressão: Márcia Mendes (Taquígrafa-revisora da ALERJ) O CASTIGO Alves Redol Atrás de uma carroça, um rapazeco descalço corria e chorava, e às vezes entretinha-se na lengalenga das próprias queixas, como se o embalassem os lamentos de alguém que lhe pedisse auxílio. Do alto do assento da carripana desengonçada, onde ia sentado com a companheira, o pai voltava-se pra varar o rapaz com os olhos e chicoteava-o com a afronta das mesmas palavras: - Vadio! Grande malandro! Seu grande malandro!... Dizia isto com o rosto endurecido, sorrindo para a mulher quando se virava para diante, enquanto fazia estalar o chicote sobre o dorso de camelo da mula, obrigando-a ainda a estugar o passo chouto , sempre que o garoto se aproximava mais da carroça onde transportavam toda a riqueza de que dispunham — a tend

Trajetórias do Planejamento Urbano no Município de Araraquara: do centralismo decisório ao desenvolvimento sustentável

Este projeto de pesquisa foi apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia, curso de Doutorado, no ano de 2009 para concorrer a uma das vagas do programa. Após diversas etapas, o projeto foi aprovado e, no ano de 2010, iniciaremos os procedimentos de pesquisa para, em 4 anos, apresentarmos os resultados para uma banca de professores. Leia o Resumo e a Problematização do projeto abaixo. Resumo No ano de 1950, o Rotary Club, a Associação de Engenharia e o Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP atuaram efetivamente na sensibilização da população local para a elaboração do plano diretor de Araraquara. A elaboração desse plano diretor teve como referência teórica os estudos produzidos por urbanistas da FAU-USP, dentre eles destacando-se o Prof. Luís Ignácio de Anhaia Mello. O poder público local optou por romper sua principal característica, o centralismo decisório, e, com a participação dessas instituições, concretizam-se na