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Mostrando postagens de dezembro, 2008

A insólita despedida de Bush no Iraque

Assistimos pelas TVs nesse domingo a insólita despedida do presidente americano George Bush do poder. Os sapatos que rumaram em direção ao seu rosto representaram toda a angústia, ódio e protesto de um povo que, da noite para o dia, viu seu país se desmanchar em uma carnificina poucas vezes presenciada pela humanidade. Desde 2003, os americanos lideram um conjunto de países que, em nome da liberdade e da democracia, invadiram o Iraque e derrubaram o regime político que ali vigorava. Foram momentos difíceis para o povo iraquiano e para a humanidade. Também assistimos, nesse período, a destruição de um dos patrimônios históricos da humanidade mais importantes, pois o Iraque resguardava acervos da civilização mesopotâmica. Foram muitas agressões: ao povo, a sua soberania e a sua capacidade de resolução de seus problemas. É importante reforçarmos que, não existe nenhum país na condição mundial de guardião de valores e nem de instituições políticas. Ou seja, do ponto de vista político e d

PODER ECONOMICO X PODER POLÍTICO

Na quarta – feira, dia 12 de novembro de 2008, em uma aula de Filosofia Jurídica, no curso de Direito da Unicep, o Professor Rodrigo Toledo trouxe para a turma um artigo do jornalista Eduardo Oinegue, publicado na Revista Veja, intitulado “O investment grade político”. O artigo procura fazer uma analogia entre a estabilidade econômica adquirida pelo Brasil com o “investment grade” e o cenário político brasileiro. O jornalista relata em seu texto que, ao contrário do que se imagina, uma alteração constitucional permitindo a eleição do presidente Lula a um terceiro mandato não seria uma surpresa, uma inovação no cenário político brasileiro. Pelo contrário, a inovação e a surpresa se dariam se o presidente Lula passasse a faixa presidencial a seu sucessor em cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo a análise feita pelo jornalista, iniciou-se, ainda no século XIX, durante a República Velha, a última seqüência de pelo menos três presidentes eleitos pelo voto direto, em que um passou a fa

A Relação entre Poder Político e Poder Econômico*

Vivemos hoje em um mundo extremamente globalizado e cada vez mais preocupado em solucionar apenas seus problemas econômicos em detrimento dos seus problemas sociais. É fácil percebermos que a relação entre política e economia é cada vez mais estreita, visto que os detentores do poder econômico influenciam e, até certo ponto, dominam também o poder político, visando à manutenção dos interesses de uma minoria. A palavra poder, em uma definição geral, designa a capacidade de agir, de produzir efeitos. O poder econômico é aquele que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, em uma situação de escassez, para induzir aqueles que não os possuem a manter certo comportamento. Já o Poder político se baseia na posse dos instrumentos mediante os quais se exerce a força física, sendo, portanto, o poder coator no sentido mais estrito da palavra. Uma vez que o poder político se caracteriza pelo uso da força, ele é o poder soberano, cuja posse distingue a classe dominan

INVESTMENT GRADE PROFISSIONAL

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O Brasil conquistou, nesse ano de 2008, uma série de mudanças que acompanhavam o imaginário social, econômico e político há anos. Realizamos mudanças estruturais na economia que transformaram o Brasil em uma das vozes mais influentes no cenário mundial, sobretudo num momento de crise como esse que vivemos. De qualquer forma, não devemos nos ater apenas às conquistas macroestruturais econômicas, e, sim ampliarmos nossos olhares para a microestrutura. Parto do pressuposto que não há crescimento, nem maturidade política e econômica, se a população não acompanhar esse processo e também não revolucionar aquilo que é fundamental para qualquer país: seu modelo educacional. Discutir tal questão, tremendamente complexa, e compreender toda a sua dimensão para os destinos de um país não é tarefa fácil. O Brasil tarda em discutir seu modelo educacional que, cada vez mais, se privatiza seguindo um modelo capitalista selvagem em que a qualidade está posta em cheque. O ambiente mais evidente des