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Mostrando postagens de julho, 2017
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Atividade realizada nas universidades: USAL, Espanha, e IPL, Leiria, Portugal

Do projeto ao plano: a corrente urbanística paulista

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*Exemplares disponíveis com o próprio autor (preço de custo). Apresentação A publicação do livro Do Projeto ao Plano: a corrente urbanística paulista de Rodrigo Alberto Toledo oferece uma importante contribuição ao recuperar a história do processo de consolidação do pensamento urbanístico paulista e o seu papel na adoção do  planejamento urbano e das políticas públicas urbanas  que deram suporte ao desenvolvimento dos municípios paulistas.  Amparado numa extensa e cuidadosa pesquisa sobre o Centro de Pesquisa e Estudos Urbanísticos (CEPEU) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP e o papel de seu primeiro diretor Anhaia Mello, responsável pela disseminação do processo de elaboração dos planos diretores, a partir de 1955, Rodrigo analisa como as propostas urbanísticas de Anhaia Mello foram incorporadas às realidades municipais do interior do estado de São Paulo difundindo o que foi denominado pelo autor “corrente urbanística paulista". As referências ao

O trem de ferro e o seu ponto final

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Desde sempre a ferrovia esteve presente em minha vida. Neto e filho de ferroviário, o trem marcou sua passagem desde há muito em momentos da infância e da vida adolescente. A região que residi, nesses períodos, era mobilizada econômica, social e culturalmente pela forte presença da ferrovia. Clubes de futebol, salões de festas, clubes recreativos e bairros inteiros traziam alguma referência à ferrovia. Muitos desses espaços foram criados por sindicatos e ferroviários associados, daí a influência. A economia e a força de trabalho de muitos cidadãos do interior paulista eram alimentadas pela ferrovia. Sabemos que a força motriz da urbanização paulista foi à ferrovia que, desde meados do século XIX, desbravou o sertão paulista à reboque da economia cafeeira. Desses feitos, restou-nos uma malha ferroviária que, a despeito de ter se precarizado, espalhou-se pelo Estado seguindo o recorte provocado pelas fazendas de café. É por esse motivo que alguns pesquisadores afirmam que no caso de S

A república dos “falastrões”

Fui abalroado por um léxico que há muito não ouvia sair da boca de um político ao, no sábado dia 20 de maio, me deparar com o pronunciamento do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Falastrão! Dizia o presidente. Um empresário - afirmava o mandatário da nação -, em pleno início de um novo vôo da economia brasileira rumo ao crescimento, mirou a sua carabina no motor no avião e disparou! Falastrão; boquirroto; aquele que fala muito; aquele que não consegue guardar segredos; ou é muito inconveniente e indiscreto. O episódio tratado pelo presidente é mais um parágrafo do livro da república brasileira, que vem sendo escrito desde os seus primórdios, marcado pela supremacia de grupos econômicos – se quiserem burguesias – forjadas a golpes de uma aristocracia rural, escravocrata, paternalista, corporativista que, em episódios recentes da nossa história, praticou o clientelismo, a dominação de grupos sociais vulneráveis e o controle eleitoral. O horizonte cultural que marca a es